Tag: dor emocional

  • Esgotamento Emocional: Reconhecendo a Depressão Silenciosa

    Tem dias em que eu funciono, mas não vivo.
    Acordo, faço café, respondo mensagens, organizo a casa, tento ser produtiva.
    Mas por dentro, estou em branco.

    Nada dói de forma explícita.
    Nada explode.
    Nada pede socorro em voz alta.

    E talvez por isso seja tão difícil perceber.

    Existe um cansaço que não passa com descanso.
    Uma ausência de vontade que não é preguiça.
    Uma sensação constante de estar “ligada”, mas desconectada de si.

    Esse estado tem nome: esgotamento emocional.
    E muitas vezes ele se disfarça de normalidade.

    Você continua cumprindo suas obrigações.
    Continua sendo forte.
    Continua dando conta.
    Mas algo dentro de você vai ficando silencioso demais.

    Não é tristeza profunda.
    Não é exatamente depressão clínica.
    É um vazio funcional.
    Uma exaustão que não grita, mas corrói.

    Durante muito tempo, eu achei que isso era maturidade.
    Que era “fase”.
    Que fazia parte de ser adulta, responsável, consciente.

    Até perceber que estava vivendo no automático.
    Sem prazer.
    Sem presença.
    Sem escuta interna.

    O corpo começa a dar sinais:
    – irritação sem motivo
    – choro contido
    – dificuldade de sentir alegria
    – vontade constante de se recolher

    A mulher que sente demais começa a se anestesiar para sobreviver.

    E isso é perigoso.

    Porque quando a sensibilidade some, não é força que entra no lugar.
    É endurecimento.

    A feminilidade não nasce da resistência infinita.
    Ela precisa de pausa, fluxo e verdade emocional.

    Reconhecer o esgotamento não é fraqueza.
    É lucidez.

    É admitir que algo precisa ser cuidado antes de quebrar.
    Antes que o corpo peça ajuda de forma mais dura.
    Antes que a alma desista em silêncio.

    Talvez você não precise “aguentar mais”.
    Talvez precise parar de se abandonar.

    Esse texto não é um diagnóstico.
    É um espelho.

    Se algo aqui tocou você, saiba:
    você não está sozinha, nem errada por sentir assim.

    Existe um caminho de reconexão.
    E ele começa quando você se permite escutar o que tentou calar.

    Se você sente que chegou até aqui porque algo dentro de você pediu atenção, talvez esse seja o momento de começar por você.
    👉 Conheça o eBook Desperte Sua Feminilidade

    Com verdade,
    Laecía

    Se esse silêncio interno tem a ver com relações onde você se doou demais, talvez esse outro texto te ajude a entender onde essa dor começou. Quando a Amizade Machuca: Reflexões Sobre a Traição

  • Como Amar e Não Perder a Si Mesma

    Como Amar e Não Perder a Si Mesma

    Por Laecía

    Mulher negra lendo um livro, sentada em ambiente aconchegante, representando introspecção e autoconhecimento feminino.
    Momentos de pausa e leitura são gestos sutis de conexão com a própria alma.

    Eu tenho um relacionamento bom.

    Sim, daqueles que muitas mulheres sonham em ter. Um homem que me respeita, que me escuta, que me toca com carinho. Estamos juntos há anos, construímos uma história com afeto, companheirismo e uma intimidade que é só nossa.

    E ainda assim… às vezes, me pego com um nó na garganta. Um silêncio aqui dentro que não sei nomear. Uma saudade de mim, mesmo com ele ao lado.

    Por que algo parece faltar mesmo quando está tudo certo?

    É estranho dizer isso. Quase parece ingratidão. Como se amar alguém e ser amada não fosse o suficiente — mas é exatamente sobre isso que quero falar. Porque, por muito tempo, guardei esse sentimento como se fosse errado. Como se sentir esse “falta alguma coisa” dentro de um relacionamento bom fosse uma traição.

    Mas não é.

    Às vezes, o relacionamento está bem, mas nós não estamos. E não por culpa dele — mas porque fomos nos afastando de partes nossas que já não visitamos mais. A mulher que sonhava, que sentia mais, que vibrava com pequenos prazeres, que ria sozinha, que dançava em casa, que se olhava no espelho e se reconhecia.

    Ela ainda existe. Mas talvez esteja em silêncio.

    Reencontrar a si mesma dentro de um relacionamento

    Eu amo estar com ele. Mas também preciso me reencontrar comigo.

    E foi libertador entender que as duas coisas podem conviver. Que posso ter um relacionamento saudável e ainda assim buscar mais de mim. Que posso me entregar sem me perder. Que posso me despir para ele e também me vestir de mim mesma.

    Com o tempo, muitas mulheres aprendem a sustentar tudo — o relacionamento, a casa, a rotina — mas desaprendem a sustentar a si mesmas. Não por falta de amor, mas por excesso de adaptação.

    Esse texto é pra você que se culpa por não estar “transbordando” apesar de ter tudo o que um dia quis. É pra você que se sente bem acompanhada, mas sente falta de alguma coisa que nem sabe nomear.

    Talvez o que falte seja você com você. Talvez o que doa não seja o amor — mas o silêncio que fez dentro de si pra manter tudo funcionando.

    E tudo bem. A gente pode amar e ainda assim se buscar. A gente pode viver um bom amor e ainda assim querer se reconectar com a mulher que fomos — ou que estamos nos tornando.

    Esse blog é o meu jeito de me reencontrar. E talvez seja o seu também.

    Se esse texto tocou em algo que você sente, talvez o próximo passo não seja entender mais — mas se acompanhar por alguns dias, com presença e direção, para voltar a si sem culpa.

    🌿 Recomeço Feminino em 7 Dias
    Um guia íntimo, com 10–15 minutos por dia, para mulheres que querem se reencontrar sem se abandonar.

    📎 Recomeço Feminino em 7 Dias — 15 min por dia pra recuperar clareza, presença e direção.

    Ou, se você sente que precisa aprofundar a reconexão com sua essência feminina, conheça o Desperte Sua Feminilidade.

    Com leveza,
    Laecía

    Acompanhe meu próximo blog: Quando a amizade machuca: Reflexões sobre a traição